Estágio em odontologia: requisitos, aprendizados e caminhos para conquistar uma vaga

Créditos: Drazen Zigic/iStock
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Supervisão, prática e vivência clínica marcam essa fase essencial na trajetória de quem está se preparando para atuar como cirurgião-dentista

O estágio em odontologia representa um dos momentos mais importantes da formação acadêmica. É durante essa fase que o estudante deixa de lado, aos poucos, a teoria aprendida em sala de aula e passa a vivenciar de perto a rotina de um consultório, com todos os desafios e aprendizados que esse ambiente envolve.

Na prática, o estágio permite acompanhar atendimentos, realizar procedimentos sob supervisão e conhecer melhor as especialidades da área, como dentística, periodontia, ortodontia e cirurgia. Tudo acontece com o apoio de profissionais habilitados, respeitando as regras do Conselho Federal de Odontologia (CFO), que determina que o estágio só pode ocorrer sob responsabilidade de uma instituição de ensino superior autorizada.

Durante o estágio, o contato direto com os pacientes exige atenção não só aos aspectos técnicos, mas também à postura profissional, à empatia e à responsabilidade com a saúde do outro. Além disso, o dia a dia dentro da clínica ajuda a desenvolver habilidades como organização, trabalho em equipe e tomada de decisão.

A carga horária e os critérios de avaliação variam de acordo com a instituição, mas seguem um padrão definido pelo Ministério da Educação (MEC). Esse tipo de estágio não prevê remuneração nem vínculo empregatício. Por outro lado, também existem os estágios extracurriculares, que podem ser iniciados em períodos anteriores e, em alguns casos, oferecem bolsa-auxílio.

Para conquistar uma vaga, alguns pontos básicos são necessários: estar regularmente matriculado no curso, ter cursado disciplinas pré-clínicas e apresentar documentos atualizados, além de contratar um seguro contra acidentes pessoais, como determina a legislação.

A seleção pode envolver envio de currículo, entrevistas e, em alguns casos, dinâmicas em grupo. Ter um bom histórico acadêmico, participar de eventos e cursos complementares e mostrar interesse genuíno pela área escolhida são fatores importantes. Embora o portfólio não seja um item obrigatório, reunir trabalhos, resumos de casos clínicos ou outras produções acadêmicas pode ser um diferencial.

A construção de um currículo claro, que destaque as experiências mais relevantes, é o ideal. Informações como monitorias, atividades voluntárias e cursos extracurriculares ajudam a demonstrar o comprometimento com a formação profissional. A postura e a forma como o candidato se comunica durante a entrevista também fazem diferença.

Estudantes que estejam cursando a partir do quinto semestre em uma faculdade de odontologia já podem iniciar o estágio supervisionado. Nessa fase, muitas instituições oferecem vagas em suas próprias clínicas-escola, que funcionam como espaços de prática e aprendizagem. Há ainda convênios com unidades de saúde pública ou clínicas privadas, ampliando as possibilidades de atuação.

Mais do que uma exigência curricular, o estágio em odontologia é uma oportunidade real de crescimento. É o momento de aplicar a teoria, descobrir afinidades por determinadas áreas e começar a construir uma base sólida para o futuro profissional. É uma fase intensa, cheia de descobertas, que marca o início da jornada prática no mundo da odontologia.

Créditos: Drazen Zigic/iStock

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